DEFINIÇÃO
TELARCA PRECOCE ou TELARCA PREMATURA: desenvolvimento isolado, uni ou bilateral, da glêndula mamária em meninas com idade inferior a 8 anos, na ausência de qualquer outro sinal de puberdade ou secreção estrogênica1.
TELARCA PRECOCE EXAGERADA: é a telarca precoce associada a avanço na idade óssea e/ou da velocidade de crescimento1.
PSEUDOTELARCA ou LIPOMASTIA.
ETIOLOGIA
TABELA: ETIOLOGIA DA TELARCA PRECOCE
ETIOLOGIA |
OBSERVAÇÕES |
RECÉM-NASCIDOS: |
Atraso na inibição do eixo hipotálamo-hipófise-ovariano |
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Passagem transplacentária de estrógenos maternos |
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MENINAS MAIORES: |
Ativação idiopática do eixo hipotálamo-hipófise-ovariano |
Elevação do FSH, tanto basal como em resposta ao estímulo com GnRH1. A elevaçãodo FSH decorre da inibina B secretada pelas células da granulosa1. |
Polimorfismos do receptor de FSH |
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Mutações ativadoras da GNSA1 |
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Cistos ovarianos funcionantes transitórios |
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Aumento da sensibilidade das mamas ao estrógeno |
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Exposição a interferentes endócrinos |
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Aumento da SHBG (sex-hormone binding globulin) |
A SHBG liga-se preferencialmente à testosterona, deixando maior quantidade de estrógeno livre1. |
Produção de estrógenos a partir de precursores androgênicos |
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QUADRO CLÍNICO
Telarca precoce: aumento isolado, uni ou bilateral, da glândula mamária em menina com idade inferior a 8 anos, na ausência de qualquer outro sinal de desenvolvimento puberal1.
Em 85% dos casos, ocorre antes de 2 anos de idade, sendo que, em 50% desses pacientes, está presente desde o nascimento1. No período neonatal, pode ocorrer lactorréia1.
Telarca precoce é menos frequente entre 4 e 7 anos de idade, idade geralmente associada a telarca precoce exagerada ou manifestação inicial de puberdade precoce1. Na telarca precoce, o volume mamário raramente excede o estágio M3 de Tanner1. Casos unilaerais não progridem além do estágio de Tanner 21.O encontro de mamas em estágio M4 devem ser investigados para outras possibilidades, incluindo a puberdade precoce1.
A maioria dos casos de telarca precoce regride espontaneamente, principalmente nos casos iniciados antes de 3 anos de idade1. Outros casos evoluem com padrão cíclico de aumento e diminuição do volume mamário até a puberdade (9,7%)1,2. O aumento mamário pode ser transitório, mas, na maioria dos casos, persiste por meses ou anos, com um tempo de regressão médio de 16 ±11 meses2,3.
Na telarca precoce:
- Mucosa vaginal: pré-púbere1.
- Velocidade de crescimento: normal1.
- Idade óssea: compatível com a idade cronológica1.
- Níveis séricos de esteróides sexuais: faixa pré-puberal1.
- FSH sérico: tanto basal como após estímulo com GnRH: mais elevado do que a faixa pré-puberal1.
- IGF-1 sérico: valores entre período pré-púbere e púbere1.
- Inibina B: valores entre período pré-púbere e púbere1.
- Leptina: valores entre período pré-púbere e púbere1.
Na telarca precoce exagerada:
- Velocidade de crescimento: acelerada1.
- Idade óssea: avançada em relação à cronológica1.
- Com risco de progressão para puberdade precoce central1.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
TABELA: DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DA TELARCA PRECOCE
ETIOLOGIA |
OBSERVAÇÕES |
PUBERDADE PRECOCE CENTRAL |
- ELEVAM A PROBABILIDADE DE PUBERDADE PRECOCE CENTRAL:
- início da telarca após 6 anos de idade1.
- sinais de adrenarca1.
- idade óssea avançada1.
- aumento do volume uterino e ovariano1.
- pico de LH > 5 UI/mL1.
- Causada pela ativação precoce do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal1.
- Pode ser idiopática (60% em meninas) ou decorrente de tumor no sistema nervoso central1.
- Inicia-se com telarca, mas evolui para adrenarca com pubarca, axilarca, acne, seborréia e odor axilar1.
- EXAMES:
- TESTE DE ESTÍMULO COM LHRH (GnRH): com resposta puberal: LH>FSH1.
- RMN sela túrcica: exame imprescindível para afastar tumor do SNC1.
- TRATAMENTO:
- ANÁLOGOS DO LHRH (GnRH)1.
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PUBERDADE PRECOCE PERIFÉRICA |
HIPOTIREOIDISMO PRIMÁRIO |
- A elevação do TSH exerce efeito semelhante ao FSH, induzindo o desenvolvimento precoce das glândulas mamárias1.
- Presença frequente de cistos ovarianos1.
- O tratamento do hipotireoidismo resulta na regressão das mamas e dos cistos ovarianos1.
- EXAMES:
- TSH: elevado.
- T4 livre: normal ou reduzido.
- TRATAMENTO:
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SÍNDROME DE McCUNE-ALBRIGHT |
- ETIOLOGIA: mutação ativadora da subunidade alva da proteína G3 (GNSA1), que ativa a adenilciclase, estimulando a síntese de vários hormônios1.
- Meninas > meninos1.
- QUADRO CLÍNICO:
- Tríade clássica1:
- puberdade precoce periférica isossexual;
- manchas café-com-leite (geralmente não ultrapassam a linha média e ficam do mesmo lado que as lesões ósseas);
- displasia óssea fibrosa poliostótica.
- Manifestações hormonais mais frequentes:
- Puberdade precoce: cistos ovarianos assimétricos e bilaterais, causados por hiperativação folicular1. Nas meninas, inicia-se aos 2 anos com sangramento vaginal, precedendo o surgimento das outras características sexuais1.
- Síndrome de Cushing: nódulos adrenais hiperplásicos1.
- Hipertireoidismo: hiperplasia nodular1.
- Gigantismo: adenoma hipofisário1.
- Hiperparatireoidismo: adenoma de paratireóides1.
- Raquitismo hipofosfatêmico1.
- EXAMES:
- ESTRADIOL SÉRICO: muito elevado (às vezes, > 500 pg/mL)1.
- GONADOTROFINAS: pré-púberes1.
- IDADE ÓSSEA: avançada1.
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TUMOR FEMININIZANTE OVARIANO (TUMORES DAS CÉLULAS DA GRANULOSA) |
- Raros1.
- Resultam em puberdade precoce periférica pela produção autônoma de estrógenos1.
- QUADRO CLÍNICO:
- Telarca precoce
- Dor abdominal1.
- Tumores palpáveis (80%)1.
- EXAMES:
- USG PÉLVICA: tumoração ovariana1.
- ESTRADIOL SÉRICO: elevado1.
- GONADOTROFINAS: baixas1.
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TUMORES FEMININIZANTES DAS ADRENAIS |
- Raros1.
- Podem causar puberdade precoce periférica1.
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EXPOSIÇAO EXÓGENA A ESTRÓGENOS |
- INTERFERENTES ENDÓCRINOS:
- DDT (diclorodifeniltriclorometano): agrotóxico organofosforado com atividade estrogênica1.
- FTALATOS: substâncias usadas para dar flexibilidade e durabilidade ao policloreto de vinila (PVC)1. Vias de exposição: contaminação alimentar das embalagens plásticas, aspiração de partículas de aerossol e sucção de brinquedos contendo esse material1.
- MEDICAMENTOS Á BASE DE ESTRÓGENO: pílulas anticoncepcionais, cremes estrogênicos, etc1.
- COSMÉTICOS: cosméticos (xampu, condicionador, cremes corporais e para cabelos) contendo estrógeno ou estratos placentários1.
- FRANGO E DERIVADOS
- ERVA-DOCE (foeniculum vulgare): ingestão de quantidade excessiva de chá de erva-doce, que contém anetol, substancia com propriedades estrogênicas1.
- ÓLEO DE LAVANDA ("lavender oil"): possui fraca atividade estrogênica e antiandrogênica, resultando em desequilíbrio entre o estrógeno e o andrógeno na via de sinalização2.
- ÓLEO DE MELALEUCA ("tea tree oil"): possui fraca atividade estrogênica e antiandrogênica, resultando em desequilíbrio entre o estrógeno e o andrógeno na via de sinalização2.
- FITOESTRÓGENOS: o consumo prolongado (ingestão de leite de soja, pelo menos, 4 vezes por semana, por mais de 6 meses) dos ftoestrógenos presentes nas fórmulas infantis à base de soja (genisteína e daidzeína) retardam a involução da telarca precoce1.
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CISTOS FOLICULARES OVARIANOS AUTÔNOMOS FUNCIONANTES |
- Secretam estrógenos, principalmente estradiol1.
- QUADRO CLÍNICO:
- Telarca precoce (frequente)1.
- Dor abdominal1.
- Massa palpável1.
- Sangramento vaginal1.
- TRATAMENTO:
- geralmente expectante1.
- MEDROXIPROGESTERONA: atua acelerando a involução do cisto1.
- PUNÇÃO LAPAROSCÓPICA: indicada para cistos volumosos1.
- REMOÇÃO CIRÚRGICA: raramente necessária1.
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EXCESSO DE ATIVIDADE DA AROMATASE |
- FORMAS:
- CONGÊNITA:
- rara
- herança autossômica dominante1.
- mutação do gene CYP19 (P450), com aumento da expressão da aromatase em vários tecidos1.
- ADQUIRIDA:
- Decorrente de:
- Obesidade1.
- Medicamentos:
- Patologias que aumentam os níveis circulantes de andrógenos, deixando-os disponíveis para a aromatização:
- cirrose1.
- hiperplasia adrenal congênita1.
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PATOLOGIAS MAMÁRIAS: |
TRAUMATISMO MAMÁRIO |
- EXAMES:
- LH, FSH, ESTRADIOL: normal (pré-puberal)1.
- USG MAMA1.
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TUMORES MAMÁRIOS |
- ETIOLOGIA:
- EXAMES:
- LH, FSH, ESTRADIOL: normal (pré-puberal)1.
- USG MAMA1.
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SÍNDROMES GENÉTICAS: |
SÍNDROME DE COLLINS-SIRIS |
- QUADRO CLÍNICO:
- hipoplasia das extremidades dos dedos e unhas1.
- fascies grosseira: lábios e sobrancelhas grossos1.
- hirsutismo1.
- hipotonia1.
- anomalias cardíacas1.
- anomalias renais1.
- retardo no desenvolvimento neuropsicomotor1.
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SÍNDROME DE RUBINSTEIN-TAYBI |
- QUADRO CLÍNICO:
- baixa estatura1.
- obesidade1.
- alargamento dos polegares1.
- anomalias cardíacas1.
- anomalias renais1.
- risco aumentado para leucemia e tumores cerebrais1.
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SÍNDROME DE ANGELMAN |
- QUADRO CLÍNICO:
- atraso na linguagem1.
- ataxia1.
- convulsão1.
- microcefalia1.
- aparência de serem inapropriadamente alegres1.
- hiperatividade1.
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ABORDAGEM DIAGNÓSTICA
TABELA: TELARCA PRECOCE COMUM versus TELARCA PRECOCE EXAGERADA
PARÂMETRO |
TELARCA PRECOCE COMUM |
TELARCA PRECOCE EXAGERADA |
Faixa etária típica |
nascimento a 2 anos |
5 a 7 anos |
Mamas |
aumento uni ou bilateral |
aumento uni ou bilateral |
Outros sinais puberais |
ausentes |
ausentes |
Velocidade de crescimento |
normal |
acelerada |
LH, FSH e ESTRADIOL séricos basais |
níveis pré-puberais |
níveis pré-puberais |
TESTE DO GnRH (LHRH) |
resposta pré-púbere (pico de LH < 5 UI/mL) |
resposta pré-púbere ou púbere (pico de LH > 5 UI/mL) |
IDADE ÓSSEA |
IO = IC |
IO > IC |
USG PÉLVICA |
normal ou cistos ovarianos (raro) |
normal, aumento do volume uterino ou aumento do volume ovariano |
EVOLUÇÃO CLÍNICA |
autolimitada e benigna |
pode evoluir para puberdade precoce verdadeira |
IO = idade óssea; IC = idade cronológica.
Fonte: ALVES (2019). |
TABELA: MEDICAMENTOS QUE CAUSAM GALACTORRÉIA
- ANTIPSICÓTICOS: clorpromazina, risperidona, olanzapina1.
- ANTIDEPRESSIVOS: clomipramina1.
- ANTIÁCIDOS: cimetidina1.
- ANTIEMÉTICOS: metoclopramida1.
- ANTI-HIPERTENSIVOS: metildopa, reserpina1.
- OPIÓIDES: codeína, morfina1.
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TABELA: ALTERAÇÕES NO EXAME DAS MAMAS
ALTERAÇÃO |
ETIOLOGIA |
SINAIS DE FLOGOSE |
ABSCESSO, MASTITE |
EQUIMOSES / HEMATOMAS |
TRAUMA, HEMORRAGIA |
CIRCULAÇÃO VISÍVEL |
HEMANGIOMA |
MASSAS EXTRA-ALVEOLARES |
TUMORES |
RETRAÇÃO DO MAMILO |
TUMORES |
SECREÇÃO MAMILAR (espontânea ou após expressão) |
- LEITOSA:
- HIPOTIREOIDISMO
- HIPERPROLACTINEMIA
- MEDICAMENTOS
- PURULENTA:
- SERO-SANGUINOLENTA:
- PAPILOMA INTRADUCTAL
- ECZEMA OU TRAUMA DO MAMILO
- CÂNCER
- SANGUINOLENTA:
- ECTASIA DOS DUCTOS MAMÁRIOS
- MASTITE CÍSTICA CRÔNICA
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EXAMES COMPLEMENTARES
TABELA: EXAMES INICIAIS
EXAME |
COMENTÁRIO |
LH SÉRICO BASAL |
- TELARCA PRECOCE:
- LH SÉRICO BASAL: níveis pré-puberais1.
- PUBERDADE PRECOCE CENTRAL:
- LH SÉRICO BASAL: > 0,6 UI/mL (IFMA) ou > 0,2 UI/mL (ICMA)1.
- RAZÃO LH/FSH: > 11.
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FSH SÉRICO BASAL |
- TELARCA PRECOCE:
- FSH SÉRICO BASAL: um pouco mais elevado que os níveis pré-puberais1.
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ESTRADIOL SÉRICO BASAL |
- TELARCA PRECOCE:
- ESTRADIOL SÉRICO BASAL: níveis pré-puberais1.
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TSH / T4 LIVRE SÉRICOS BASAIS |
- TELARCA PRECOCE: valores normais.
- HIPOTIREOIDISMO PRIMÁRIO:
- TSH SÉRICO BASAL: aumentado1.
- T4 LIVRE SÉRICO BASAL: normal ou diminuído1.
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PROLACTINA |
- Dosar se houver galactorréia1.
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IDADE ÓSSEA (IO) |
- TELARCA PRECOCE: IO compatível com a idade cronológica (IC)1.
- TELARCA PRECOCE EXAGERADA: IO pode estar mais avançada que IC1.
- PUBERDADE PRECOCE: IO mais avançada que IC.
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USG PÉLVICA |
- Não indicada rotineiramente1.
- Cálculo do Volume Ovariano: A x B x C x 0,52331.
- TELARCA PRECOCE: útero e ovário com dimensões pré-púberes1.
- TELARCA PRECOCE EXAGERADA: aumento do volume uterino ou ovariano1.
- PUBERDADE PRECOCE: aumento do volume uterino ou ovariano1. Faixa endometrial pode ser visualizada2.
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TABELA: EXAMES INDICADOS PARA SUSPEITAS CLÍNICAS ESPECÍFICAS
EXAME |
INDICAÇÕES |
COMENTÁRIOS |
TESTE DE ESTÍMULO COM GnRH (LHRH) |
- suspeita de puberdade precoce central1.
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- MÉTODO: administrar 100 mcg de GnRH (FACTREL), EV, e dosar LH, FSH e ESTRADIOL nos tempos 0, 30, 60 e 90 minutos1.
- RESULTADO:
- Puberdade precoce central: pico de LH > 5 UI/mL1.
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IGF-1 SÉRICO BASAL |
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- TELARCA PRECOCE: entre níveis pré-púberes e púberes1.
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INIBINA-B SÉRICA BASAL |
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- glicoproteína secretada pelo estímulo do FSH1.
- Marcador do crescimento folicular1.
- TELARCA PRECOCE: níveis elevados1.
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USG MAMAS |
- suspeita de patologia mamária1.
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TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE OVÁRIOS |
- suspeita de tumores femininizantes1.
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TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE ADRENAIS |
- suspeita de tumores femininizantes1.
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RESSONÃNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR DE SELA TÚRCICA |
- suspeita de puberdade precoce central1.
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RADIOGRAFIA DE OSSOS LONGOS |
- suspeita de síndrome de McCune-Albright1.
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CINTILOGRAFIA ÓSSEA |
- suspeita de síndrome de McCune-Albright1.
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CITOLOGIA VAGINAL |
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- TELARCA PRECOCE: predomínio de células basais1.
- VAGINA ESTROGENIZADA: predomínio das células superficiais1.
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CONDUTA NA TELARCA PRECOCE
- ORIENTAÇÃO DO PACIENTE E SEUS PROGENITORES:
- de que a telarca precoce é uma variante da normalidade1. Porém, adverti-los de que a telarca precoce pode ser um sinal precoce de evolução para puberdade precoce em 14-18% dos casos1.
- para não apertar, massagear ou espremer as glândulas mamárias1.
- para que a criança evite roupas que chamem a atenção para o aumento mamário, como tops, bustiês, etc1.
- Marcar CONSULTA DE RETORNO em 4 meses, ou antes, se surgir qualquer outro sinal de desenvolvimento puberal1.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- ALVES, C.A.D.: Telarca precoce. In: _______: Endocrinologia Pediátrica. Barueri-SP, Editora Manole, 1° edição, 2019: 103-109.
- KHOKHAR, A. & MOJICA, A.: Premature thelarche. Pediatric Annals (2018); 47(1): e12-e15.
- VRIES, L.; GUZ-MARK, A.; LAZAR, L.; RECHES, A. & PHILIP, M.: Premature thelarche: age at presentation affects clinical coursebut not clinical characteristics of risk to progress to precocious puberty. The Journal of Pediatrics (2010); 156(3): 466-471.